quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Oficina: Um leque de oportunidades

O mais surpreendente estava por vir. Embora os “futuros jornalistas” tivessem uma vaga noção do quão importante lhes seria aquela experiência, não mensuravam a sua importância.

O primeiro contato foi um tanto quanto difícil: escolha dos temas, elaboração das pautas, busca por fontes, entrevistas tímidas e, por vezes, até mal feitas. Prova disso foi uma entrevista feita com o prefeito Guilherme Menezes a respeito dos investimentos feitos na área de saúde pública local. Horrivelmente, a entrevista foi conduzida pelo entrevistado do início ao fim. Ele propôs as perguntas enquanto que as repórteres, temendo afrontar uma autoridade, acabaram por acatar as sugestões dele. A edição do primeiro jornal refletiu o conjunto das inexperiências "profissionais" coletivas.

Aproximadamente duas semanas após a diagramação do jornal-laboratório Oficina, os mil exemplares haviam sido impressos e estavam prestes a serem entregues às fontes, aos meios de comunicação locais, à população conquistense. Uma contradição de sentimentos tomou conta da equipe editorial, mas não desestimulou-a em momento algum, porque todos já tinham sido alertados que a melhora se daria com a prática e que a partir do segundo jornal alcançariam resultados satisfatórios. Dito e certo! Em uma das conversas informais tidas nos corredores da Uesb, o colega Celso Adriano confessou: "iniciamos com muita esperança, vontade e, entre acertos e desacertos, tentamos dar o melhor que podíamos naquele momento, mesmo sabendo da nossa inexperiência e que sofreríamos críticas. Foi uma tarefa árdua, mas ao mesmo tempo prazerosa. Conseguimos publicar o nosso primeiro jornal e pretendemos melhorar a partir do segundo".

No segundo jornal, tal como previsto, eles já estavam familiarizados com várias etapas. A produção se deu de forma mais rápida e melhor qualificada. Enquanto editora de seção desse jornal, reconheço que os repórteres estavam mais preparados para entrevistar e escrever as matérias. A publicação se deu de forma mais rápida do que a primeira e a receptividade do público leitor foi melhor. Raisa Casemiro, colega do terceiro semestre e editora-chefe do primeiro jornal afirmou que "no segundo jornal já sabia melhor qual o papel que cada um ía desempenhar em relação a editor, repórter, revisor, e que isso acabou melhorando a produção do jornal".

O terceiro jornal já está sendo produzido e as expectativas são as melhores possíveis. A turma já se considera mais preparada para fazer das críticas uma oportunidade de melhora, evolução. É claro que essa "evolução" não atingiu a todos, mas na grande maioria já é perceptível.

Na reta final da disciplina Oficina de Jornalismo Impresso I, pode-se afirmar que foi uma experiência válida por ser bastante construtiva e enriquecedora. Os obstáculos foram transpostos e o conseqüente amadurecimento foi inevitável. Como o ser humano nunca sacia-se com o que tem, os alunos aguardam o Jornalismo Impresso II com várias idéias inovadoras e sede por mais conhecimento e experiência.

Postado por: Carina Garcia

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